Para quem não recorda sobre as mitocôndrias, elas são organelas celulares responsáveis pela formação de ATP por outras palavras: energia! Este processo é conhecido pela denominação "respiração celular". Essa organela é essencial para um bom funcionamento das células. A energia armazenada no ATP é usada por elas para realizarem suas diversas atividades, como movimentação, secreção e multiplicação. As mitocôndrias participam também de outros processos metabólicos.
Logo, pensando na epiderme por exemplo, temos um processo de renovação constante, portanto as células se multiplicam na camada basal. Se as mitocôndrias destas células multiplicadoras não fornecerem energia suficiente para este processo teríamos um retardo na produção de células ou mesmo uma renovação não eficiente e por conseguinte uma pele desvitalizada.
Na derme, os pesquisadores descobriram que certas atividades nas mitocôndrias nos fibroblastos da pele diminuíram significativamente com a idade. Essas são as células que produzem colágeno e elastina, responsáveis pelo suporte estrutural e densidade da pele.
Conforme as mitocôndrias nos fibroblastos diminuem, o sistema de suporte da pele se torna frouxo, promovendo um aspecto de pele cansada, flácida e com aparecimento de rugas.
Além do envelhecimento biológico, a hiperglicemia mostrou -se inimiga das mitocôndrias.
Nessa cultura, os pesquisadores adicionaram uma concentração normal de glicose em uma cultura de mitocôndrias, com uma substância que se torna fluorescente em contato com radicais livres. Nesse caso, observou-se que poucas ROS foram produzidas, já que o ritmo da respiração, controlada, permaneceu estável. Posteriormente, quando foi adicionada uma quantidade elevada de glicose, a respiração foi ativada num primeiro momento, mas depois se estagnou, quando foi detectada uma grande quantidade de radicais livres caracterizando os efeitos do estresse oxidativo.
A hiperglicemia, com conseqüente aumento de ROS, reduz os níveis de óxido nítrico (NO) ativando a aldose redutase. O aumento do fluxo pela via dos polióis, induzido pelo aumento de ROS, determina maior conversão de glicose a sorbitol, reduzindo NADPH e glutationa (antioxidante intracelular) e aumentando o estresse oxidativo induzido pela hiperglicemia.
A produção de ROS pela oxidase, em pequenas quantidades, pode funcionar na sinalização metabólica e, em grandes quantidades, pode originar dano oxidativo.
Agora que sabemos a ligação do envelhecimento com a diminuição de energia mitocondrial e o estresse oxidativo, acrescentar em seu plano de tratamento ativos e eletroterapia a fim de que aumentem energia mitocondrial e reposição de antioxidantes serão um diferencial bem como otimização de resultados.
ATÉ MAIS
VIVIAN VERONEZE
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